domingo, 23 de maio de 2010

O MITO DA CAVERNA

No livro VII de A República, Platão narra o Mito da Caverna, uma alegoria de Sócrates sobre a concepção da realidade e do conhecimento. Estão dentro de uma caverna desde a infância homens acorrentados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; a única luz provém de uma fogueira atrás deles. Entre o fogo e os prisioneiros há um caminho por onde passam outros homens que transportam toda espécie de objetos, estatuetas de homens e de animais; uns falam, outros permanecem calados. O que esses homens acorrentados poderão observar são as sombras dos objetos projetadas no fundo da caverna. Como os homens que passam pelo muro, atrás deles, falam entre si, ouvirão os ecos que chegam a eles do fundo da caverna, atribuindo a origem dos sons às próprias sombras." De qualquer forma" - afirma Sócrates - "pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos." A caverna simboliza o mundo sensível a que estamos aprisionados e do qual só podemos perceber as sombras das coisas. O exterior é o mundo intelegível das idéias, mundo de luz, realidade objetiva e conhecimento. Cabe ao homem se libertar das correntes, sair da caverna e tomar contato com o mundo exterior.

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